quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Veneno

Caminhando entre espinhos,


Cortando-me sem parar,

O sangue escorrendo por minhas roupas,

Escorrendo por minha pele,

Marcando o chão por onde pisei.



É difícil saber que cai em uma cilada

Tão mal feita,

Tão simples de perceber.



Você me cegou,

Usou suas armas para me fragilizar,

E conseguiu.



Hoje vivo assim,

Furando-me com espinhos,

Chorando como uma lunática.



Sangro mais que acidentado,

E a cada gota que escorre de minhas veias,

Uma lembrança sua vai embora.



Preciso me livrar do teu veneno,

Que me infectou.

Hoje sofro para tirá-lo de mim,

Mas cada corte que tenho em meu corpo,

Faz-me tirar seu veneno,

Seu maldito veneno.



Seu amargo veneno,

Só me deixou forte,

Pois os cortes que faço,

Não doem mais,

Não machucam mais,

Por que isso é para tirar você de mim.

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