quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Interferência

É sempre a mesma coisa.
As mesmas palavras,
As mesmas dores e
Aflições que tanto
Destroem meu coração.
Podre coração,
Chora tanto
Por pouca coisa.

Se destrói com
Um simples toque,
Matando sua alegria,
Reinando a dor.

A canção que canto
Em meus momentos de dor
É o desabafo que sai
Junto com as lágrimas
Do meu ser que tenta fugir.

Já não sinto mais vontade
De sorrir, de amar.
Somente aquela dor latejante
Que interfere em meus sentidos,
Deixando-me por vezes tonta.

A interferência é tão bruta
Que apaga tudo ao seu redor.
A dor domina meus sentidos,
Fazendo-me ficar cega e
Não encontrar o caminho de volta.

Quero refazer meus passos
Sem interferência.
Quero voltar para teus braços
E ouvir você dizer:
‘Meu amor’.

Preciso de você aqui,
Venha me abraçar,
Rasgar meu peito para a dor fugir
E me console quando tudo acabar.

Sem interferência
É assim que vivo hoje:
Feliz e sorridente,
Amando e sendo amada.
Ouvindo as mesmas palavras de sempre,
De sua voz rouca e abafada
‘Meu grande amor,
Você voltou para meus braços’.